O ligamento é uma espécie de cabo de união entre os ossos e no joelho temos como principais ligamentos os ligamentos colaterais (medial e lateral) e o ligamento cruzado posterior. Mas nenhum destes é mais comentado e relevante que o famoso ligamento cruzado anterior (LCA).
O LCA é famoso porque funciona como uma espécie de pivô por sobre o qual os ossos do joelho giram um sobre o outro portanto, ele é muito exigido em atividades esportivas que envolvem aceleração e desaceleração e movimentos com mudanças bruscas de direção. Nesse ponto em quase todos os esportes, mas sobretudo no futebol ele é palco de várias lesões em atletas amadores ou mesmo profissionais. O último caso bem comentado foi o do camisa 10 da seleção brasileira- Neymar Junior.
Quando esse ligamento se rompe, o joelho perde a sua estabilidade anteroposterior e rotacional e passa a falhar e falsear durante a prática esportiva, tornando quase que impraticável as atividades mais vigorosas. Geralmente, essas lesões têm um desfecho cirúrgico seguida por um longo período de reabilitação, exigindo do atleta disciplina, dedicação e paciência.
A técnica aplicada na cirurgia consiste em substituir o ligamento lesionado por um excerto de tendões presentes no próprio joelho do paciente ou mesmo de banco de tecidos humanos.
Após a remoção dos restos lesionados do LCA, o enxerto é inserido através de túneis ósseos realizados através do fêmur e da tíbia do paciente. Após o implante, o enxerto é fixado com pinos especiais que podem ser metálicos ou pinos de materiais absorvíveis.
A cirurgia é de porte médio e após a sua realização, a natureza tem que entrar em ação e garantir a transformação do enxerto em um novo ligamento. Durante esse período de transformação os movimentos bruscos e cargas excessivas devem ser evitadas sob o risco de causar a necrose (morte) do enxerto e falha do procedimento.
Após muitas sessões de fisioterapia seguida de reforço muscular, a prática esportiva é liberada por volta do 9° mês de pós-operatório.